RELÓGIO

sábado, 27 de março de 2010

50 anos sem: AYRTON SENNA DA SILVA


Somos feitos de emoções, basicamente todos nós estamos procurando por emoções, é apenas uma questão de encontrarmos a maneira com que devemos vivenciá-las." (Ayrton Senna)


Nascido no dia 21 de março de 1960. Morto, tragicamente, no dia 1º de maio de 1994, durante o GP de San Marino, em Ímola.

Veja abaixo um pequeno resumo de sua história no Automobilismo.

Senna: O início da carreira no kart Desde a infância, Ayrton Senna sempre teve interesse pela velocidade. Aos quatro anos, ganhou seu primeiro “carro”, feito pelo seu pai, Milton da Silva. Tempos depois, Senna já pilotava karts mais potentes e chegou a guiar um modelo que fôra dos irmãos Fittipaldi na década de 60.

A primeira corrida oficial foi em 1º de julho de 1973. E Ayrton, o mais jovem entre os competidores, ficou com a pole obtida através de um sorteio, a primeira pole de muitas outras que viriam em seguida. Na corrida, Senna segurou adversários mais experientes, mas abandonou depois de um toque com outro piloto.

Com as vitórias se tornando cada vez mais constantes, no ano seguinte Ayrton conquistou o título Paulista da categoria Júnior. Em 1976, Senna venceria o Campeonato Brasileiro e as Três Horas de Interlagos. Na temporada seguinte, o brasileiro conquistaria o bicampeonato da prova, além do Sul-Americano no Uruguai.

Uma da maior frustração de Senna, foi o título dos Campeonatos Mundiais, único título que não conquistaria na carreira. Em 1978, Ayrton, no circuito de Le Mans, foi a revelação do evento, mas terminou na 6ª colocação.

Com mais três títulos de campeão brasileiro – 1979, 1980 e 1981 – tentou novamente o título mundial. Desta vez, terminou empatado em número de pontos com o campeão, o holandês Mark Koene, sendo entretanto superado no critério de desempate. Em 1980, ele voltaria a ser vice.

Quando já competia na Inglaterra pela Fórmula 1600, Ayrton voltou a disputar o mundial na Itália: ficou em quarto lugar. Sua última tentativa foi em de 1982, quando teve vários problemas e acabou em 14º na Suécia.

Senna: Recordista e campeão na Inglaterra Ccom alguns contatos estabelecidos na Inglaterra, Senna foi para a Europa em 1981 para disputar o campeonato da Fórmula Ford 1600. Na época, a categoria era a vedete entre as que serviam de ligação entre o kart e os campeonatos maiores. O resultado eram grids cheios e pilotos dispostos a arriscar qualquer coisa por um futuro melhor no automobilismo.

Ayrton disputou 20 corridas ao longo do ano. Foram 12 vitórias, dez voltas mais rápidas e três poles, o suficiente para assegurar o título da Copa Townsend Thoresen. Mas passada a euforia pelo título, Senna sofreu uma das maiores frustações até então: um telefonema do pai, pedindo que retornasse imediatamente ao Brasil. Milton da Silva, que era um empresário de médio porte, queria o filho por perto para gerenciar os negócios da família. A brincadeira na Europa chegava ao fim naquele momento.

Mas o "escritório" ao qual Ayrton estava acostumado era bem menor. Procurado pela Van Diemen para renovar seu contrato para a F-Ford 2000, em 1982, o piloto acabou conseguindo carta branca para voltar às pistas.

Na nova categoria, seu domínio foi ainda maior. Ele venceu 20 das 27 corridas que disputou. O desempenho impressionante, que incluiu também 14 poles e 21 voltas mais rápidas, rendeu um convite para disputar uma etapa da F-3 na pista inglesa de Thruxton. Mesmo sem conhecer o carro, Senna venceu de ponta a ponta, com direito ainda à melhor volta. A West Surrey, equipe de ponta da Fórmula 3, não tardou em assegurar o jovem piloto Ayrton para a temporada seguinte.

Senna: O título na F-3 Com um currículo invejável na Fórmula Ford, Senna chegou à F-3 Inglesa como grande promessa. Em sua única corrida pela categoria, o brasileiro havia dado um show, com pole, vitória e volta mais rápida. Embora toda a imprensa mundial apontasse Ayrton como favorito, os ingleses insistiam em super valorizar Martin Brundle, a nova estrela da casa.

Durante as vinte provas da temporada o que se viu foram duelos épicos entre os dois jovens. Senna venceu nove provas seguidas, mas passou outras três sem terminar, dando margem para a recuperação do inglês. No final, Ayrton conquistou 15 vitórias – um recorde na época – e chegou ao título nacional. Brundle ganhou outras quatro provas e a única vitória que escapou da dupla ficou nas mãos do americano Ross Cheever.

Brundle teria sua última chance de desbancar Senna no tradicional GP de Macau, que sempre reuniu os melhores pilotos de Fórmula 3 em todo o mundo. Mas, naquele momento, não havia nada a se fazer para parar Ayrton. A vitória, como na maior parte das vezes, veio em seguida à pole e à volta mais rápida.

O bom desempenho rendeu à Senna um teste na equipe Williams, atual campeã mundial de Fórmula 1.

Senna: O primeiro teste na Fórmula 1 Um brasileiro de 23 anos, destaque da F-3 Inglesa, estaria prestes a escrever a primeira linha de sua história no topo do automobilismo mundial. Como prêmio por suas vitórias, a Williams deu ao piloto a chance de testar o modelo FW7. Isso ocorreu em Donington Park, no dia 19 de julho de 1983.

Aos poucos, uma a uma, as marcas foram caindo. Poucas voltas foram suficientes para que Senna quebrasse o recorde da pista, deixando a equipe impressionada.

Saindo do carro, o piloto disse ao irmão Leonardo: “Isso aqui não tem mistério, é moleza”.

Mas ainda não seria em 1984 que Senna correria pela Williams. Com as principais equipes fechadas para a temporada que chegava, restou ao brasileiro lutar por vagas nos times menores, e foi a Toleman, um time médio, que acolheu o futuro campeão.

Senna: O estreante que impressionou todos No domingo, 25 de março de 1984, o GP Brasil mobilizava o Brasil. Todas as atenções estavam voltadas para Nelson Piquet, campeão da temporada anterior e um dos favoritos ao título. Entre os estrangeiros destacavam-se Alain Prost, Niki Lauda, Keke Rosberg, Nigel Mansell, Jacques Laffite, Renè Arnoux e Elio de Angelis, que conseguiu levar a pole-position.

Num dos melhores grids da Fórmula 1, Senna ficou com a 16ª colocação, uma a frente de seu companheiro de equipe, Johnny Cecotto, campeão de motovelocidade. Mas o estreante não teve sorte. Ganhou três posições e andava em 9º quando teve problemas em seu turbo. Era a primeira das 14 provas que disputaria em 1984 e, certamente, não foi a melhor delas.

As duas corridas seguintes foram muito boas para Senna. Na África do Sul, largou em 13º e chegou em 6º, marcando seus primeiros pontos na F-1. Ao final da prova, recusou maiores comemorações de Alex Hawkridge, seu chefe na Toleman: “Estou pronto para chegar ao pódio, arrume carro para isso”, disse. Três semanas depois, na Bélgica, o 6º lugar se repetiu, desta vez após uma largada em 19º.

O GP de San Marino, contudo, foi desastroso. Com dois motores quebrados e impossibilitado de marcar tempo na sexta-feira, Ayrton acabou traído pela forte chuva que caiu no sábado. Pela primeira e última vez, Senna estava fora de uma corrida por não ter obtido tempo de classificação. Na França, duas semanas depois, foi traído pelo turbo, que quebrou quando estava em 5º lugar.

Mas a grande prova do brasileiro em 1984 foi o GP de Mônaco. Largando de 13º, Ayrton foi passando por pilotos com muito mais experiência na F-1. Não demorou muito e encostou em Niki Lauda. Encostou e passou fácil. Já estava em segundo e Alain Prost seria a próxima vítima. Mas acabou não sendo, porque o diretor de prova, o ex-piloto belga Jack Ickx, encerrou a corrida antes da hora para, segundo se diz, dar a vitória a Prost.

As corridas seguintes foram marcadas por muitas falhas mecânicas e bons treinos de classificação. A partir do GP do Canadá, Senna ficou por cinco vezes seguidas entre os dez primeiros do grid. Entretanto só completou em duas. Ficou em 7º em Montreal e subiu ao pódio em Brands Hatch, com um 3º lugar. A Toleman disputou o GPs da Alemanha, Áustria e Holanda com um único carro e, nas três provas, Senna teve problemas. Àquela altura, o brasileiro já estava acertado com a Lotus para 1985. A Toleman descobriu e chamou o italiano Pierluigi Martini para treinar em Monza. Martini sequer se classificou para a prova.

A equipe acabou voltando atrás e o brasileiro disputou, ao lado de Johansson, as duas últimas provas do ano. No GP da Europa, em Nurburgring, Ayrton largou em 12º mas se envolveu num acidente com outros sete carros. Na última corrida do ano, em Portugal, Senna conseguiria sua melhor posição de largada até então: um 3º lugar, atrás de Prost e Piquet. A despedida da Toleman aconteceu no pódio, também com um 3º lugar, o que lhe rendeu a 9ª colocação no campeonato, com 13 pontos no total.

Senna: Virando realidade na Lotus Piloto revelação da temporada anterior, Senna chegou à Lotus em busca da primeira vitória na Fórmula 1. Na prova de estréia, no Brasil, Ayrton foi bem nos treinos, ficando com a 4ª colocação. Na corrida um problema elétrico o tirou da prova. Na prova seguinte, em Portugal, teria melhores resultados. Senna marcou a pole e na corrida deu show: largou em primeiro, liderou todas as voltas e, em uma delas, estabeleceu a melhor marca da prova. A 1ª vitória de Ayrton Senna ocorreu sob um dilúvio no circuito do Estoril. Ali, o brasileiro ganhou um título que sempre o acompanhou: o “Rei da Chuva”.

Depois disso veio uma seqüência de três poles da Lotus, duas com Senna e uma com De Angelis. O italiano venceu em San Marino, mas Ayrton não marcou pontos em nenhuma dessas provas. Senna vinha bem nos treinos, mas nas corridas era quase sempre vítima de problemas mecânicos da Lotus ou do motor da Renault, que consumia muito mais que os adversários.

Na segunda metade do campeonato, contudo, as coisas melhoraram, com mais três poles, quatro pódios e uma nova vitória, esta na Bélgica, que credenciaram Ayrton Senna como piloto vencedor. No final do ano, Ayrton ficou em 4º no mundial, o melhor dentre todos os estreantes do ano. À frente dele, apenas Prost, Alboreto e Rosberg.


Senna: Brigando entre os grandes A temporada 1986 começou conturbada na Lotus. Sabendo que Derek Warwick estava sendo cotado para ser seu companheiro de equipe, Senna causou polêmica ao vetar a contratação do inglês, alegando que a equipe não tinha condições de ter dois pilotos de ponta. O veto foi aceito e o companheiro escolhido foi um obscuro escocês, campeão da F-3 Inglesa: Johnny Dumfries.

A primeira prova do ano seria o GP Brasil e Ayrton Senna já dividia as atenções da mídia e dos torcedores com Nelson Piquet, da Williams. Os dois dividiram a primeira fila, com Senna na pole. Na corrida, a ordem se inverteu, com Piquet em primeiro e Senna em segundo. Foi a segunda dobradinha brasileira correndo em casa.

A corrida seguinte, o GP da Espanha, em Jerez, marcou a terceira vitória de Senna e também uma das menores diferenças da história da categoria. Ayrton, mais uma vez o pole, venceu Mansell por apenas 14 milésimos. Em San Marino, duas semanas depois, o brasileiro conquistou mais uma pole, mas na corrida teve problemas e abandonou.

Senna vinha somando o máximo de pontos que lhe eram possíveis quando chegou a Detroit e fez a pole, depois de um jejum de três corridas. Ayrton venceu a prova, com Prost em terceiro. Foi a vingança do país pela derrota para a França na Copa do Mundo, um dia antes, e a última conquista de Senna em 86.

Com poucas chances na disputa pelo título após uma seqüência de cinco maus resultados, Senna ainda marcaria três poles - um total de oito ao longo do ano - e dois pódios, ficando com a 4ª colocação no mundial que marcou o bicampeonato de Alain Prost.


Senna: A despedida da Lotus Muito se especulou sobre uma possível transferência de Senna para a McLaren no início de 1987, mas o brasileiro disputaria mais uma temporada pela Lotus. A equipe iniciava uma fase de decadência e, mesmo tendo motores Honda, não deu a chance que Senna queria para brigar pelo título.

O novo companheiro de equipe do brasileiro seria o simpático japonês Satoru Nakajima, indicado pela fornecedora nipônica, mais conhecido por seus acidentes que propriamente pelos seus resultados. Foi um ano amplamente dominado pela William, que conquistou 12 poles e 9 vitórias. Ayrton, que havia conquistado 8 poles em 1986, teve que se contentar com apenas uma, na pista de San Marino.

Essa temporada mostrou que além de “Rei da Chuva” Ayrton era também o “Rei da Rua”, pois suas duas vitórias naquele ano foram conquistadas nas ruas de Detroit e Mônaco.

Senna começou a analisar as propostas que recebia. A melhor delas era bancada pela Honda: o brasileiro iria para a McLaren, com igualdade de condições para Alain Prost e a promessa de um carro que lhe permitisse brigar pelo tão sonhado campeonato.

Para o lugar de Senna, a Lotus contratou seu maior rival até então: o inimigo declarado Nelson Piquet.


Senna: O primeiro título mundial, na McLaren Quatro temporadas depois de chegar à Fórmula 1, Ayrton tinha, enfim, a chance que tanto perseguira: ter um carro que lhe permitisse disputar o título. A corrida de estréia na McLaren, no Brasil, tinha tudo para ser perfeita. O modelo MP4/4, projetado por John Barnard, mostrou-se um carro excepcional e Senna garantiu a pole. O domingo, no entanto, começou mal para Ayrton. Um problema no câmbio já no grid de largada o obrigou a largar do box, na última posição. O piloto deu um show de ultrapassagens e já era o 6º colocado quando foi desclassificado sob alegação de que teria usado o carro reserva.

Na corrida seguinte, em San Marino, os problemas pareciam ter chegado ao fim. Depois de treino e corrida perfeitos, Senna venceu sem maiores dificuldades, consagrando seu primeiro triunfo na nova equipe.

A terceira corrida daquele ano, em Mônaco, mudou a vida de Ayrton. A vitória estava garantida e, quando liderava com quase um minuto de vantagem, Senna cometeu um erro, talvez o maior de sua carreira. O brasileiro perdeu a concentração e bateu na curva da entrada do túnel. A partir de então, Ayrton passou a trabalhar mais seu lado psicológico, visando evitar novos dissabores.

O restante da temporada foi uma briga constante entre Senna e Alain Prost, seu companheiro na equipe. Em apenas uma das 16 etapas, a McLaren não saiu vencedora. Foi em Monza, quando Ayrton Senna liderava e acabou batendo no retardatário Jean Louis Schlesser. A vitória caiu no colo de Gerhard Berger, da Ferrari.

O campeonato chegou ao Japão, penúltima etapa, podendo ser decidido em favor de Senna. Saindo na pole, o brasileiro teve problemas na largada e caiu para a 14ª colocação. O que se viu depois foi uma das mais fantásticas corridas de recuperação da história da Fórmula 1: Ayrton foi superando seus adversários até chegar em Alain Prost, na 27ª volta. O francês tentou reagir, mas não conseguiu conter Senna. O garoto que sonhava em chegar à Fórmula 1 e por pouco não desistiu de tudo, conquistava seu primeiro título mundial.


Senna: Polêmica decisão em Suzuka Com o título de Senna o clima na McLaren não poderia ser melhor. Poder-se-ia dizer que havia satisfação geral na equipe, não fosse a honrosa exceção de Alain Prost. Desde o início da década de 80 no time, Prost sentia um misto de decepção e ciúmes. Nas cinco primeiras corridas, Senna conquistou a pole; mas não foi isso que detonou uma rivalidade declarada entre os dois. Em San Marino ambos fizeram um pacto de não agressão durante a primeira volta: ninguém tentaria ultrapassar, por questões de segurança. Pois Ayrton descumpriu o combinado e partiu para cima. A manobra valeu a vitória para o brasileiro; mas, muito mais que uma prova, Senna ganhou um inimigo. Farpas à parte, a decisão chegou mais uma vez ao Japão, palco da disputa anterior.

A prova de Suzuka ilustra muito bem o clima de guerra que estava declarado: aproveitando-se da vantagem que tinha no mundial, Prost jogou o carro para cima de Senna, tentando forçar um duplo abandono. A manobra tirou Prost da prova, mas Ayrton, ajudado pelos fiscais de pista, foi para o box, trocou o spoiler dianteiro e voltou para a pista em busca da vitória, que adiaria a decisão do título. Na última volta, Senna conseguiu ultrapassar a Benetton de Alessando Nannini e comemorou a vitória como poucas vezes se viu.

Mas a FIA e seu presidente Jean Marie Balestre - declarado amigo de Prost - anulou o resultado, alegando que, ao voltar à pista, o brasileiro não havia contornado a chicane. A briga de Senna com Balestre quase fez o piloto desistir da Fórmula 1, incluindo uma pesada entrevista de Senna com a imprensa internacional. Mas em 1990, lá estava Ayrton novamente em sua McLaren.


Senna: Bicampeonato com revange sobre Prost A temporada de 1990 seria decisiva para Ayrton: o sonho do bicampeonato, adiado nos bastidores na temporada anterior, estava mais vivo do que nunca. Alain Prost, o principal rival, havia trocado a McLaren pela Ferrari, onde faria uma dupla explosiva com Nigel Mansell. Para o lugar do francês a McLaren contratara Gerhard Berger.

Na etapa de abertura, em Phoenix, um adversário diferente incomodou o brasileiro. Com as Ferrari fora da briga, Ayrton deparou-se com um inspiradíssimo Jean Alesi, da Tyrrell. Campeão da F-3000, Jean segurou Senna enquanto pôde, mas acabou cedendo às pressões e contentando-se com a segunda posição.

Um grande público lotou Interlagos para apoiar Ayrton no GP Brasil. A pole no sábado dava a entender que o longo tabu de vitórias seria quebrado. Só esqueceram de avisar ao japonês Satoru Nakajima; retardatário, o piloto fechou Senna, que perdeu o bico e várias posições, ao entrar nos boxes para trocar o conjunto danificado pela barbeiragem nipônica. No final Ayrton ainda terminou com a 3ª colocação.

Mesmo em equipes diferentes a rivalidade entre Senna e Prost permaneceu a mesma. Ao longo do ano os dois foram revezando boas e más fases e, pela terceira vez, chegaram ao Japão para uma decisão do título. Disposto a não correr o risco de perder mais uma vez para o francês, Senna planejou um troco à manobra de 1989. Largando na pole, o brasileiro saiu mal e ficaria atrás de Prost na freada da primeira curva. Mas Senna fez uma opção arriscada por não frear: o acidente foi inevitável e, com ambos fora da prova, o bicampeonato estava garantido.


Senna: Mais uma festa em Suzuka O ano de 1991 foi marcado por duas fases distintas para Ayrton Senna. No início do ano, com a McLaren ainda em igualdade de condições com as Williams, o brasileiro venceu as quatro primeiras provas, disparando na classificação.

Entre as vitórias de Ayrton, destaque para a do GP Brasil, em Interlagos: com um carro visivelmente em frangalhos – tinha apenas a sexta marcha nas voltas finais – Senna venceu pela primeira vez correndo em casa. O piloto mal podia conter a emoção - e as fortes dores - após a prova.

Mas a McLaren não conseguia desenvolver seu carro como deveria. A Honda, que sairia da Fórmula 1 ao final do ano, não desenvolvia motores com o afinco de outros tempos, e o resultado foi uma perigosa aproximação das Williams-Renault, lideradas por Nigel Mansell.

Uma série de quebras e azares fez com que o título, que parecia certo no início, ficasse aberto. Quis o destino que a pista decisiva, mais uma vez, fosse a de Suzuka, no Japão. Como só a vitória interessava a Mansell, a McLaren fez um jogo de equipe buscando desconcentrar o inglês. Gerhard Berger, com pneus mais macios, largou na frente, com Senna em segundo e Nigel em terceiro. Desesperado para passar o brasileiro, Mansell passou reto na curva após a reta, perdendo qualquer chance de ser campeão. Senna ainda passou Berger na pista, mas no final abriu para a vitória do companheiro, acatando ordens do time, como agradecimento ao desempenho do austríaco.

O desenvolvimento das Williams-Renault no fim de 1991 já era evidente, mas não se imaginava que já no ano seguinte a equipe fosse dominar a Fórmula 1. Munida de um aparato tecnológico inovador para a época – entre eles suspensão ativa e controle de tração – a escuderia não deu chance aos rivais.

Logo nas primeiras etapas o domínio ficou evidente: Mansell venceu as cinco primeiras provas, abrindo uma folgada diferença que apenas cresceu ao longo da temporada. No final, o inglês foi campeão na Hungria, com cinco etapas de antecipação e 52 pontos a mais que Riccardo Patrese, o 2º colocado.

Para Ayrton, restaram atuações isoladas, como a vitória em Mônaco e na Hungria. Mesmo nos treinos, sua especialidade, o brasileiro não teve chances: apenas uma pole em 16 etapas, contra 14 de Mansell. A definição de Senna, ainda nas primeiras etapas, foi a melhor encontrada para descrever o modelo FW14: “É um carro de outro mundo”.

O domínio da Williams, marca da temporada de 1992, continuou no ano seguinte. Senna declarou que aceitaria qualquer oferta para correr pela equipe e chegou a ser procurado, mas o novo piloto teria vetado o brasileiro. O nome dele? Alain Prost.

A temporada começou com o GP da África do Sul e, como no ano anterior, era impossível seguir o ritmo dos carros de Frank Williams. Apenas um fator poderia complicar a vida de Prost: a chuva. Mas, como não choveu em Kyalami, o francês não teve problemas para vencer.

No Brasil, quinze dias depois, a história foi diferente. Sem chances de brigar pela pole, Senna largou em terceiro, atrás de Prost e Hill. Durante a prova, uma tempestade caiu sobre Interlagos. Com a pista completamente molhada, Senna fez a festa da torcida. Após sua segundo vitória no Brasil, Ayrton foi erguido pelos fãs, que invadiram a pista.

Para quem pensou que o show de Interlagos havia sido o último do ano, Senna guardou uma atração ainda maior: o GP de Donington Park. Largando na quarta colocação, Ayrton caiu para quinto e foi passando um a um os adversários: Schumacher, Wendlinger, Hill e, por fim, Prost. Ao final da primeira volta, Senna já era líder. O feito fez com que o piloto recebesse uma justa homenagem: uma placa, colocada na entrada do circuito, em homenagem ao que foi denominado de “a primeira volta mais fantástica da história”.

Mesmo com um carro inferior Ayrton conseguiu equilibrar a disputa até o GP do Canadá, quando Prost começou uma série de quatro vitórias, praticamente garantindo o título. Para terminar bem a temporada, Senna venceu as duas últimas provas, com direito a pole na Austrália. No pódio de Adelaide, Ayrton fez um dos gestos mais nobres da história da Fórmula 1. Vencedor, o brasileiro puxou Alain Prost para o degrau do primeiro colocado. Era o fim das brigas e acusações.

Senna: A nova casa e a última temporada Eram passados dez anos desde que Senna havia andado pela primeira vez em um carro de Fórmula 1, justamente uma Williams, em julho de 1983. O garoto de 23 anos se transformara num tricampeão mundial, com um recorde de 62 poles e já acumulava 41 vitórias. Os carros da equipe inglesa haviam dominado as duas temporadas anteriores e a expectativa era novo massacre em 1994.

Na primeira corrida, o GP Brasil, Ayrton marcou a sua primeira pole pela sua nova equipe, aumentando seu recorde de poles. Senna ia bem e liderava com relativa facilidade, mas perdeu a ponta para o alemão Michael Schumacher, a mais nova fera da categoria, no reabastecimento. No ímpeto de alcançar Michael, Ayrton Senna acabou rodando e abandonou a prova, vencida por Schumacher. Seu companheiro na Williams, Damon Hill, ficou em segundo.

Passaram-se quinze dias e a F-1 foi a Aida, Japão, para a disputa do GP do Pacífico. Na pista, que recebia pela primeira vez a categoria Senna conquistou mais uma pole. O brasileiro teria mais uma vez Michael Schumacher a seu lado no grid. A corrida de Senna, contudo, acabou logo na largada: Ayrton foi atingido pela McLaren do então inexperiente Mika Hakkinen; Nicola Larini, da Ferrari, também foi envolvido no acidente. Longe das confusões, Schumacher venceu mais uma prova, fazendo 20 (pontos) a 0 no placar.

A pressão sobre Senna crescia muito. Afinal, Schumacher tinha uma boa vantagem e a Williams tinha um carro tido como imbatível por todos. O fato verdadeiro é que, com a proibição dos dispositivos eletrônicos, a equipe ainda procurava um acerto ideal para voltar a ter a supremacia dos anos anteriores. Senna reclamava da instabilidade do carro que, segundo ele, estava difícil de guiar. A Williams prometeu algumas mudanças no modelo, mas Senna não teve tempo de presenciá-las.

O GP de San Marino de 1994 foi o pior de todos os tempos na Fórmula 1. Na sexta-feira, Rubens Barrichello bateu forte e teve escoriações no nariz, ficando impedido de correr. A segurança da pista já era discutida quando, no treino classificatório de sábado, morreu o austríaco Roland Ratzenberger.

No domingo Ayrton parecia triste, abatido e desmotivado. Alguns dizem que ele não queria correr. Outros, que Senna havia previsto sua morte. Mas a bandeira da Áustria, com a qual ele homenagearia Roland Ratzenberger caso vencesse aquela corrida, mostra que, até o fim, ele queria a vitória.

Mas foi uma vitória que não veio naquele 1º de maio de 1994. O laudo do hospital Maggiore, em Bolonha, veio implacável, inapelável: Ayrton Senna da Silva, 34 anos, brasileiro, piloto de corridas, morreu.

E os brasileiros nunca mais tiveram um piloto à altura para amar e idolatrar. Nunca mais houve outro Ayrton Senna da Silva!

Fonte: http://www.superspeedway.com.br/f_um/pilotequip/senna_c.asp

Hoje Sábado27 de Março de 2010 - Completaria 50 Anos, o Líder Carismático da Banda Legião Urbana - RENATO RUSSO


Neste sábado 26 de Março de 2010, completaria cinqüenta anos o Líder da Banda Legião Urbana, Renato Russo. Que cantou e encantou o Brasil, durante a Década de Oitenta, vitimado pela AIDS (Disfarçosamente definidi em mídia como Insuficiencia Respiratória)

Renato Manfredini Júnior nasceu no Rio de Janeiro em 27 de março de 1960, filho do economista Renato Manfredini, funcionário do Banco do Brasil e de Dona Maria do Carmo, professora de inglês. Ele aprendeu inglês desde pequeno, quando morou, dos 7 aos 10 anos, em Nova York. Nova transferêcia do pai levou o menino, já com 13 anos, a Brasília que tanto marcou sua música. Renato teve uma infância e adolescência de classe média alta, típica do pessoal das bandas de Brasília. Entre os 15 e os 17 anos enfrentou várias operações e viveu entre a cama e a cadeira de rodas, combatendo uma doença óssea rara chamada epifisiólise.

Em 78, inspirado pelo Sex Pistols, Renato formou o Aborto Elétrico, que no vai e vem de integrantes, contou com participações de Fê e Flavio Lemos (depois do Capital Inicial), Ico Ouro Preto e André Pretorius. Em 82 abandonou o Aborto Elétrico e passou a fazer trabalhos solos. Neste período ficou conhecido como "O Trovador Solitário". Quando a lendária "cena de Brasília" já era uma força underground reconhecida, Renato Russo formou a Legião Urbana com Marcelo Bonfá, Eduardo Paraná e Paulo Paulista. Um ano depois, Paraná e Paulista deixavam a banda e entrava Dado Villa-Lobos.

Quando Renato Rocha se juntou a banda em 84, a Legião Urbana já havia se apresentado diversas vezes em Brasília, notadamente nos célebres shows no Circo Voador, no Rio de Janeiro e no Napalm, em São Paulo. O sucesso de seus shows levou rapidamente a um contrato com a EMI-Odeon. No primeiro dia do ano seguinte saiu o primeiro álbum, Legião Urbana, que emplacou os hits "Geração Coca-Cola", "Ainda é Cedo" e "Será".

Com seus refrões poderosos e letras que falavam de inseguranças emocionais e do niilismo da geração crescida durante o regime militar, a Legião Urbana bateu fundo nos anseios dos jovens brasileiros. A receita foi aperfeiçoada no álbum seguinte, Dois, melhor tocado, melhor gravado e mais elaborado. Sucessos como "Eduardo e Mônica" e "Quase Sem Querer" falavam uma língua que qualquer jovem urbano brasileiro dos anos 80 podia entender e se identificar.

Dois consolidou Renato Russo como um dos maiores popstars do país. Já na turnê desse segundo disco, começou a aparecer o Renato Russo estrela: seus shows incluíam discursos pregadores (o adjetivo "messiânico" aparecia em nove entre dez matérias sobre o grupo) e um alto consumo de drogas e álcool.

Em 1987 sai terceiro álbum, Que País É Este, gerando hits como "Faroeste Caboclo", e mais uma turnê nacional abarrotada. Em 89, sai As Quatro Estações que inaugura a fase mais madura da banda, tanto no som, menos pop, como nas letras, abordando assuntos como AIDS e homossexualismo. Em "Meninos e Meninas", Renato sugere bissexualidade. Logo depois, numa história entrevista à revista Bizz, Renato confirmava o fato.

V, lançado em 91, veio carregado de uma tristeza que refletia a instabilidade emocional-psicológica vivida por Renato. A turnê que se seguiu teve que ser interrompida devido ao seu precário estado de saúde.

O Descobrimento do Brasil, de 93, acabou sendo o último disco da banda (A Tempestade, é um disco solo de Renato com participações de Dado e Bonfá). A partir de Descobrimento, Renato deu vazão a seus projetos solo e lançou The Stonewall Celebration Concert e Equilíbrio Distante.

O primeiro, cantado em inglês, foi homenagem ao grande amor de sua vida que morreu de overdose. Renato faz então seu disco mais militante ao som o orgulho de ser gay, ao som de covers da Broadway e Madonna. Stonewall é o nome de um bar nova-iorquino onde, num célebre acontecimento em 69, gays se rebelaram contra a ação política. Equilíbrio Distante traz Renato interpretando canções de música italiana, uma das manias recentes do cantor.

Renato era HIV positivo desde 1990, mas nunca assumiu publicamente a doença. Desde a época de "Descobrimento do Brasil", Renato andava recluso e arredio e evitava a imprensa. As suspeitas se comprovaram em 11 de outubro de 1996 com sua morte por broncopneumopatia, septicemia e infecção urinária - consequências da AIDS -, pesando só 45 quilos.

quinta-feira, 18 de março de 2010

VISÃO CLINICA DAS DORES QUE ANTECEDERAM O ÚLTIMO SUSPIRO DE JESUS...


O que o médico francês afirma ter sentido Cristo, no momento de sua cruxificação.
Pessoas afirmam que Cristo não morreu pelos nossos pecados, mas, a maioria dos cristãos certamente gostaria precisamente de saber o que Jesus sentiu, momentos antes de morrer, de acordo com a visão de um especialista Clinico Geral, e esta curiosidade neste momento, será definido na visão científica, relatando as principais dores causadas pelos ferimentos no corpo de Jesus Cristo.
Vejamos: ( Tyrone Amaral )
A Dor da Crucificação
A Paixão e Morte de Cristo
Médico francês reconstitui a agonia de Jesus.

Quando li este relato, fiz questão de transcrevê-lo pois é impressionante e vale a pena conhecer o parecer e o descrever de um médico sobre a morte de Jesus.
Relato aqui a descrição das dores de Jesus feita por um grande estudioso francês, o médico Dr. Barbet, dando a possibilidade de compreender realmente as dores de Jesus durante a sua paixão.


Eu sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei a fundo anatomia. Posso portanto escrever sem presunção.


Jesus entrou em agonia no Getsemani - escreve o evangelista Lucas - orava mais intensamente. "E seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra". O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão dum clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. Se produz em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.


Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus.



A cada golpe Jesus reage tem um sobressalto de dor


Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos.


Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue.


A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.


Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que aqueles da acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).


Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso, é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso.


Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la é atroz. Alguma vez você tirou uma atadura de gazes de uma ferida? Não sofreram vocês mesmos esta experiência, que muitas vezes precisa de anestesia? Pode agora se dar conta do que se trata.



O fio de tecido adere à carne viva


Cada fio de tecido adere à carne viva: ao lhe tirarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Como aquela dor atroz não provoca uma síncope?


O sangue começa a escorrer. Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pó e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos; horrível suplício! Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), o apoiam sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. No mesmo instante o seu polegar, com um movimento violento se posicionou opostamente na palma da mão; o nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se, como uma língua de fogo, pelos ombros, lhe atingindo o cérebro. Uma dor mais insuportável que um homem possa provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos. Isso provocaria uma síncope que faria perder a consciência. Em Jesus não!


Pelo menos se o nervo tivesse sido cortado! Ao contrário (constata-se experimentalmente com freqüência) o nervo foi destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.


O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; consequentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregaram dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos laceraram o crânio. A pobre cabeça de Jesus inclinou-se para frente, uma vez que a espessura do capacete o impedia de apoiar-se na madeira. Cada vez que Cristo levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudíssimas.


Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. As feições são impressas, o vulto é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede.



Tudo aquilo é uma tortura atroz


Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. Se diria um ferido atingido de tétano, presa de uma horrível crise que não se pode descrever. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico (azulado).


Jesus atingido pela asfixia, sufoca. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Que dores atrozes devem ter martelado o seu crânio!


Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos pés.


Esforçando-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração se torna mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial. Porque este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem".


Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés, inimaginável!


Enxames de moscas, grandes moscas verdes e azuis, zunem ao redor do seu corpo; irritam sobre o seu rosto, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura se abaixa.


Logo serão três da tarde. Jesus luta sempre: de vez em quando se eleva para respirar. A asfixia periódica o está destroçando. Uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancaram um lamento: "Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?". Em seguida num grande brado disse: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre. Em meu lugar e no seu.


Texto do Dr. Barbet (grande estudioso de anatomia, médico e cirurgião francês).


Fonte: http://www.pilb.t5.com.br/barbet.htm

quarta-feira, 17 de março de 2010

Como é que se escreve?


Apresentação: O Sistema norfológico responsável pelo desenvolvimento de uma perfeita comunicação oral e verbal, estabelece dentre outras coisas o conhecimento intelectual do aluno ou candidato a concursos públicos.

Portanto morfologia é uma palavra composta, por um radical (MORF) adicionado ao radicando (LOGIA), que trazem a existência de um significado único: Estudo da formação, origem, estrutura, flexão, e classificação das palavras.


MORF - Forma + LOGIA - Palavras


Obs: morf+logia formação das estruturas das palavras. A indicação estrutural é impressindível para o desenvolvimento textual por inteiro. É impressionante que a disciplina que mais reprova candidatos em vestibulares e concursos públicos é o seu idioma corrente. Isto levado a fatores como: pregüiça de leitura, quando você não lê, não pode desenvolver o raciocínio crítico e formar seu próprio conceito dentro do universo analisado por você.


Atribuo ao disturbio citado, em relação a leituras de literaturas saudáveis, o principal responsável pelo baixo nível de cultura pessoal, reprovação em concursos e desenvolvimento do senso críticos dos próprios indivíduos.


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terça-feira, 16 de março de 2010

Definição e Tratamento de Cataratas

A catarata é uma lesão ocular que atinge e torna opaco o cristalino (lente situada atrás da íris cuja transparência permite que os raios de luz o atravessem e alcancem a retina para formar a imagem), o que compromete a visão.

Sintomas
Como os raios luminosos não conseguem atingir plenamente a retina onde se situam os receptores fotossensíveis, o portador de catarata tem dificuldade para enxergar com nitidez.
No início da lesão, a pessoa vê como se estivesse com a lente dos óculos embaçada ou com uma névoa diante dos olhos. Com a evolução do quadro, porém, passa a enxergar apenas vultos.

Causas
A catarata pode ser congênita (casos raros) ou adquirida.
A principal causa da doença é o envelhecimento. Embora o problema apareça geralmente em indivíduos com mais de 50 anos, há casos de crianças que já nascem com a doença (geralmente filhos de mães que tiveram rubéola ou toxoplasmose no primeiro trimestre de gestação).
Outras causas de catarata são diabetes, uso sistemático e sem indicação médica de colírios, especialmente dos que contêm corticóides, inflamações intra-oculares e traumas como socos ou batidas fortes na região dos olhos.

Diagnóstico
O diagnóstico de catarata é feito pelo oftalmologista. Valendo-se de um exame minucioso, ele verificará se o cristalino possui alguma lesão (aparência de véu esbranquiçado nos olhos.

Tratamento
O único tratamento para catarata é o cirúrgico. O objetivo da cirurgia - simples, rápida e feita sob anestesia local - é substituir o cristalino danificado por uma lente artificial que recuperará a função perdida.
O cristalino pode ser retirado inteiro ou por facoemulsificação (um aparelho tritura e aspira o cristalino), que tem a vantagem de exigir corte menor e menos suturas. A cirurgia da catarata exige cuidados pós-operatórios como qualquer outra intervenção cirúrgica.


Recomendações
· Não use colírios, especialmente os que contêm corticóides, sem recomendação médica e respeite o prazo determinado pelo médico para aplicação do medicamento;
· Procure um oftalmologista imediatamente se notar qualquer inflamação ou sofrer algum trauma na região dos olhos;
· Consulte também o oftalmologista sempre que notar alguma alteração visual. A evolução da catarata é lenta, pode ocorrer primeiro em um dos olhos e a pessoa vai se acostumando com a perda progressiva da visão;
· Não tenha medo da cirurgia. Os resultados são animadores e a recuperação, muito rápida.
Dr. Drauzio Varella
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sábado, 13 de março de 2010

Como anda seu poder de sedução?

Você está muito a fim de conquistar uma pessoa, mas sente certa insegurança e por isso se retrai? Longe de ser um problema, é quase certo que esteja precisando de alguns conselhos simples para solucionar suas dúvidas.

Saiba que, com pequenas adaptações, as dicas da arte do xaveco para seduzir e conquistar a pessoa desejada são as mesmas para todos os sexos.

Em muitos casos, a química entre duas pessoas bate de forma tão intensa a partir de um simples olhar que a conquista pode ser consumada sem que nenhuma sílaba seja pronunciada. Entretanto, a admiração por uma pessoa não se restringe apenas aos aspectos físicos, há inúmeros outros fatores que devem ser considerados num processo de sedução.

Por isso, avalie algumas condutas que, independentemente de seus atributos estéticos e da sua experiência em conquistas amorosas, poderão melhorar seu desempenho.

Conquistar uma pessoa que se deseja é daqueles momentos que podem marcar uma vida toda. Conquistar a pessoa que se ama pode não apenas marcar a vida, mas, também, e, principalmente, mostrar como vale a pena viver.

1- Perambule
Vamos começar pelo princípio. O que você tem feito para se encontrar com as pessoas? Se ficar em casa, esperando que elas entrem pelo telhado e caiam no seu colo, continue sentado, porque de pé só irá se cansar. Você já deve saber que mulheres e homens não caem no colo assim.

Dê um tempo longe das tarefas e divertimentos caseiros. Desligue um pouco o computador, esqueça a televisão, o videogame e outras atividades que o impeçam de circular.

A ordem agora é perambular, sair da inércia, mexer-se. Freqüente lugares onde as pessoas estejam, como festas, baladas e bares que combinem com seu estilo.

2- Freqüente sua praia
Reflita comigo: se você já está inseguro, será fácil deduzir como irá se sentir transitando por lugares que não conhece ou não o deixem confortável. Se você não tem o hábito de sair, no princípio poderá ficar meio deslocado. Por isso não desista nas primeiras investidas, insista até estar mais familiarizado e à vontade para estreitar os primeiros relacionamentos.

Uma boa iniciativa é conversar com amigos que estejam acostumados a sair; eles poderão indicar os lugares mais freqüentados pelas pessoas do seu círculo social. Assim, você terá com quem conversar e não se sentirá só.

3- Coma pelas bordas
Vá de leve. Nada de investir logo de cara nos aviões, pois esses homens e mulheres são assediados o tempo todo, e escorregam com uma facilidade desconcertante. Para começar, faça amizade com a moçada mais receptiva, aberta, sem nariz empinado ou estrelismo, aqueles que não aspiram passarelas ou capas de revistas.

Com o tempo você, por intermédio dessa turma, poderá se aproximar dos "puros-sangues" e aumentar as chances de conquista. Mas, aí talvez já tenha chegado à conclusão de que as pessoas mais comuns, de maneira geral, embora nem sempre sejam tão bonitas, são mais interessantes. Bem, mas ainda não é o momento de escolher, dê um passo de cada vez.

Eu disse "coma pelas bordas" porque quanto mais sutil, jeitoso e natural você se aproximar de um homem ou de uma mulher, maiores serão suas chances de sucesso.

Se você for mulher, saiba que por mais liberadas que as mulheres estejam, as melhore táticas femininas para se sair bem na conquista são o charme e a insinuação.

Se você for homem, a melhor atitude são os comentários aparentemente despretensiosos sobre a roupa ou observações a respeito do próprio ambiente.

Nos dois casos, não se preocupe em ser criativo, genial ou muito divertido nessa aproximação inicial. O importante é que use uma forma interessante e espontânea para começar a conversa.

4- Cuide bem do visual
Eu disse cuide. Não sugeri que exagerasse. Não me vá aparecer na balada, por exemplo, com aquela roupinha conservadora de ir à missa aos domingos, nem com o mais avançado modelito do último desfile de Milão e muito menos ainda com aquele trapo confortável que talvez use para lavar o carro ou limpar as janelas no sábado à tarde. Vista-se com bom gosto e elegância. Esse é um item que não pode ser negligenciado.

Se tiver dúvida ou não souber como agir, consulte um bom livro sobre o assunto. Você ficará surpreso com o que poderá fazer com as roupas que já possui, ou com aquelas que terá condições de comprar sem gastar muito.

Uma roupa bonita, com bom corte, poderá melhorar sua auto-estima e torná-lo mais confiante para conversar e se relacionar com as pessoas.

5- Esteja antenado
Uma boa conversa é fundamental. Sem papo de qualidade, a conquista amorosa pode não dar liga. Por isso, você precisa ter assunto para conversar. E um estoque bem variado para não patinar com aquela ladainha que sempre vai e retorna ao mesmo ponto.

Mantenha-se atualizado com o noticiário -leia jornais, revistas, bons livros, notícias na Internet e ouça a programação de rádio. Dê preferência aos assuntos ligados a cinema, música, turismo e literatura, porque são os temas que mais agradam.

Embora um papo intelectual possa ser bastante apropriado para alguns homens e mulheres, salvo exceções, o momento da conquista nem sempre é o mais adequado para esse falatório empolado. Deixe Sócrates e a arte etrusca para outra oportunidade.

Ser jeitoso para dançar também ajuda. Se não souber, inscreva-se o mais rápido possível num curso intensivo de dança e ponha a cintura para requebrar. Sem contar que nesses cursos já terá boas chances de treinar suas investidas.

De nada adiantará, entretanto, estar municiado com esse arsenal todo se não tomar a iniciativa de conversar. Encha o peito e tenha um pouco de ousadia.

Aproxime-se conversando naturalmente, sem demonstrar que está preparando o bote. No meio do papo as coisas vão se ajeitando. E mais, se a pessoa ficar resistente, será simples encerrar ou dar outro rumo à conversa.

6- Modere a língua
Quem fala demais corre o risco de se tornar um chato insuportável. Se a outra pessoa estiver falando, fique na sua e não interrompa. Deixe-a concluir o que está dizendo e limite-se a fazer perguntas que a estimulem a falar e demonstrem seu interesse pelo assunto que ela desenvolve.

Se, por exemplo, o assunto for viagens, faça o possível para contar apenas um detalhe da sua viagem mais interessante e dê chance para que ela fale como foi a dela. Pode ter certeza de que assim tornará a conversa mais atraente e estimulante.

7- Saiba ouvir
Insisto. Preste atenção no que a outra pessoa estiver falando e faça perguntas que demonstrem sua inteligência e ressaltem sua presença de espírito. Mas, sua quem, Polito? Minha ou dela? Dos dois.

O processo de conquista de um homem ou de uma mulher inclui o interesse por tudo o que a pessoa diz. Se ela tiver o desejo de contar uma história da vida dela para você, pode ser um excelente sinal de que começa a ficar interessada. Por isso, não vá estragar esse momento abrindo a boca fora de hora.

8- Conte histórias
Quase todas as pessoas gostam de ouvir uma história interessante e curtinha de vez em quando. Sentiu? De vez em quando, nada de se transformar num contador de histórias -ninguém agüenta uma pessoa que não saiba colocar ponto final na hora certa. Por melhor que seja a história, se for longa, resista, não conte.

O melhor laboratório para testar suas histórias e tiradas espirituosas é em casa ou com os amigos. Fique atento, pois se nem com eles funcionar, tenha certeza de que com a pessoa que você deseja conquistar será ainda pior.

9- Seja bem-humorado
Tenha bom-humor, mas não fique com palhaçada. Muito menos caia na vulgaridade. Se você evitar os trocadilhos grosseiros e aprender a aproveitar bem as informações da própria circunstância para torná-las engraçadas, sempre terá alguém querendo ficar do seu lado para conversar.

10- Não se leve muito a sério
Quer conquistar? Então aprenda a fazer autogozação, brincar com seus defeitos e a rir das próprias gafes. Tudo sem exagero, claro. Você se tornará uma pessoa muito mais simpática e todos terão prazer em estar na sua companhia.

Atenção: Não se esqueça de elogiar -com sinceridade.

Este é o início e o ponto final do processo de conquista -o elogio.

Entretanto, todos os elogios que fizer precisam ser e parecer sinceros. Se você não puder encontrar uma qualidade verdadeira que deva ser elogiada, provavelmente essa pessoa não mereça ser conquistada.

Fique bastante atento a essa peculiaridade da arte do xaveco, pois se a pessoa perceber que o seu elogio é vazio e se baseia apenas na demagogia, ficará resistente e dificilmente irá confiar em você.

Boa sorte. Que você consiga conquistar uma pessoa que lhe dê muita felicidade.

Obs.: Embora alguns dicionários definam as gírias "xaveco" e "xavecar" como tratantice, patifaria, velhacada, chantagear, trapacear, o sentido empregado neste texto, conforme você deve ter notado, é conversa e conquista, adotado popularmente.
→ Livro de minha autoria que trata deste tema: "Como falar corretamente e sem inibições", publicado pela editora Saraiva


Reinaldo Polito

Reinaldo Polito

é mestre em ciências da comunicação, palestrante e professor de expressão verbal. Escreveu 15 livros que venderam mais de 1 milhão de exemplares

Site: www.reinaldopolito.com.br
e-mail: polito@uol.com.br